Olá queridos leitores, o Céu Carvalho Productions está trazendo para vocês novidade aqui no blog, além da divulgação das entrevistas, a promoção de campanhas e as fotos dos nossos leitores mais lindos, vamos trazer matérias interessantes e de utilidade pública para vocês que gostam e leem o blog. 

Para abrir a nova coluna a produção convidou Paulo Bruno - ele mesmo, senhor sincero. Então senta, relaxe e se divirta ao ler a nossa primeira matéria sobre a noite gay de Aracaju, foco total nos clubes noturnos! 

Beijos de Fogo =*** 

1 - Paulo, porque os clubes gay de Aracaju nunca deram certo? 

Na minha humilde opinião, os clubes não deram certo por pura falta de sorte. Uma coisa relacionada a estar no lugar errado, e na hora errada. 

2 - No tempo em que apenas existiam Clone e Alquimia, você frequentou? Qual seu parecer? 

Eu estive sim, nos dois lugares, mas nunca mantive freqüência. Apesar de os lugares terem uma ideia interessante – ao menos a priori – não se tratam de ambientes que eu gosto de ir com regularidade, pois chega um momento que os dois se tornam bastante repetidos, tanto em repertório musical, como em pessoas. 

Sobre o Alquimia, houve uma mudança RADICAL, quanto aos frequentadores lembro bem que minha primeira visita ao Alquimia foi na Orla, ainda. Nesse momento, o número de lésbicas era claramente superior ao de gays. Esse fato mudou bastante, após a mudança. Atribuo isso a repetição que acontecia na Clone (mesmas pessoas sempre), e os gays estavam a procura de alguma coisa diferente. É tranqüilo, e bem mais calmo que a boate, inclusive. 

A Clone, por outro lado, sempre foi numa linha de maior pegação, ao meu ver. Sempre que estive lá, era uma coisa bem intensa, tanto que ir ao banheiro era uma prova de choque, especialmente quando a boate estava cheia. Não gostei muito do local, talvez eu gostasse mais se eu estivesse a fim de passar o rodo. 

3 - Segundo fontes, o Alquimia fechou por não possuir licença pública para funcionar como boate. Você acredita que pelo menos em nome do tempo e de ser uma das primeiras no ramo, os donos deveriam ter corrido atrás do prejuízo? 

Já ouvi diversas histórias que contam ser o motivo do fechamento. Essa foi uma das histórias, mas também ouvi dizer que tem relação aos problemas causados pelos frequentadores do lado de fora deste local, uma vez que os mesmos quase nunca eram gays ou lésbicas, e em algumas noites já houveram brigas, inclusive com tiros. 

Supondo que a vertente verdadeira seja a da pergunta em si, ACHO que a licença não é algo que demoraria tanto para resolver (tendo em vista o tempo que ela já está fechada). Mesmo assim, daria valor se a mesma continuasse aberta. Apesar de não ir com regularidade ao local, tenho muitos amigos que sempre vão e gostam bastante do ambiente. 

4 - Ouvi boatos de que o Alquimia estaria de coloio com a Off Club, será verdade? Ter fechado não passou de uma jogada para levar mais pessoas para a nova "queridinha" da noite? 

Eu acho que essa boate está como queridinha por ter conhecimento em outros Estados e por ser nova, não por ser boa. Digo isso porque poderíamos ter 30 boates gay diferentes na nossa cidade, mas o povo seria o mesmo, fazendo com que a coisa ficasse repetitiva, assim como ficou nos dois lugares comentados anteriormente. 

Se o fechamento do Alquimia foi causado por isso, só lamento. RS 

5 - Agora a Clone também fechou para uma “suposta reforma”, será mesmo que ela vai voltar do buraco? Ou vai deixar na mão tantas bixas que eram frequentadoras de carteirinha do ambiente? E se os boatos forem verdade, fazer o mesmo que o Alquimia e se aliar a alguma das novas boates? 

Eu tenho certeza que muitas pessoas que são da Escola Delano querem bastante que a Clone não feche, para poderem ir como sempre foram e sempre curtiram. Se aliar também seria uma jogada completamente em vão. É interessante que haja mais de um local sim, mesmo mantendo minha fala: o que falta em Aracaju não são opções, mas sim eleitores das opções. 

6 - Por fim Paulo, a Greenspace? 

A Greenspace possui o estilo de uma boate mais antiga, levando em consideração o contexto de boates gay em Aracaju. Digo isso pela existência de dark room, principalmente, que nos remete a Rainbow, antiga boate próximo ao farol, conhecida das gays mais antigas. O estilo semelhante e, de certa forma, retro, se dá ao fato de que o dono da atual boate É um membro conhecido das baladas antigas, em nossa cidade. Roosevelt é criador do “Inferninho”, conhecida boate que se localizava no Centro, há alguns anos atrás.

Graças a esse “toque no passado”, a boate se infesta de gays mais velhos, que se jogavam bastante nas festas antigas. Claro que tem o pessoal mais jovem também, que certamente não curte o lugar por ser retrô, mas sim por ter um preço de entrada muito acessível. 

O local não tem nada que faça-nos lembrar de uma boate, pois tem a estrutura de uma casa, é como se fosse a festa de 24 anos de um amigo próximo nosso. O local é super para ir com amigos, dar algumas risadas com as coisas engraçadas que serão encontradas por lá e só.


Céu Carvalho feat. Paulo Bruno